Mirabilis
Maninha,
Só se foi
Inquietas águas fluidas no leito do rio
Dói, doeu
Ficamos com a perplexidade do vazio
Só se for
Para morrer de amor! E continuar vivendo
Havia um mundo de descobertas, rebentos e letras
Coisas completas
Coisas bem certas
Coragem de tentar ser feliz
Maravilha!
Existe um laço de aço entre nós
Sua paz acalma e faz Buda se contorcer de inveja
Como é transcendente seus gestos e sua voz
Somos amor, sangue e coração; que assim seja
Eu te desejo sonhar, que é acordar-se para dentro
Eu te desejo a cada dia um novo alvorecer,
esplendorosamente perfeito, capaz até de te endoidecer
Meu amor fraternal é teu, mas dou-te mais uma vez
ofereço-te Epicuro em papel pintado em flor-de-cuco:
Nada é bastante ao homem para quem tudo é demasiado
pouco
Vai, viva, transborde, brinde-nos com sua lucidez